Santos analisará riscos climáticos por meio de satélites e inteligência artificial

A Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, passará a utilizar imagens de satélite e inteligência artificial para analisar riscos climáticos na cidade. O acesso à tecnologia foi garantido por meio de um convênio assinado com a empresa Quasar Space, que não terá custos para o município.

De acordo com a administração municipal, Santos será a primeira cidade do país a ter acesso a imagens de satélite em alta resolução e análise por meio de inteligência artificial. O convênio foi assinado durante uma reunião do Conselho de Meio Ambiente de Santos (Condema) na quarta-feira (3).

Os mapas e análises incluem 16 diferentes parâmetros para previsão de riscos de deslizamento de encostas, vulnerabilidade de solo, densidade populacional e nível de encharcamento do terreno.

As imagens serão geradas a cada 30 minutos, com uma resolução de 10 metros, captadas a partir de milhares de satélites em órbita do planeta. Desta forma, será possível criar um ranking das áreas mais críticas, otimizando as ações de prevenção e enfrentamento.

“A tecnologia é uma grande aliada nesta ação e os avanços disponíveis em monitoramento são muito bem-vindos para auxiliar nos trabalhos que já desenvolvemos”, disse o prefeito Rogério Santos(Republicanos) , em nota divulgada pela prefeitura.

Primeira do país

Segundo a representante da empresa, Thais Franco, Santos é a primeira cidade com acesso a essa tecnologia, que é brasileira e patenteada. “O objetivo da Quasar Space com a parceria é ajudar o Poder Público com o que há de mais moderno, proporcionando uma melhor administração. Salvar vidas é a nossa contribuição”, disse, segundo a prefeitura.

Além da Semam, os dados poderão ser utilizados por outros setores da prefeitura, como a Defesa Civil. As informações estarão disponíveis em aproximadamente 20 dias. Nesse período, os engenheiros da Quasar farão o treinamento para uso e calibração do software. Uma vez em atividade, o sistema poderá, inclusive, emitir alertas para os órgãos públicos.

Fonte: G1