Expedição encontra animais incríveis no fundo do mar perto das Ilhas Cocos, no oceano Índico

O navio de pesquisa Investigator, operado pela Agência Nacional de Ciências da Austrália, acaba de voltar carregado de cientistas e de descobertas de uma exploração nas águas desconhecidas do Oceano Índico. Por lá, foram encontrados muitos animais do fundo do mar com características curiosas como luzes cintilantes, pele negra aveludada e bocas cheias de dentes afiados.

Uma ‘enguia congro’ de aparência assustadora, encontrada a mais de mil metros de profundidade (Foto: Benjamin Healley)

Poucas expedições de pesquisa chegam ao Oceano Índico, um dos mais remotos do mundo, e os pesquisadores levaram seis dias só para chegar às Ilhas Cocos (Keeling) de Darwin, no Território do Norte da Austrália. A equipe de biólogos foi a primeira a estudar as águas ao redor destas ilhas. “É apenas uma lousa completamente em branco ”, disse o cientista chefe da expedição, Dr Tim O’Hara, do Museum Victoria Research Institute, ao The Guardian.

Peixe-morcego do fundo do mar encontrado nas profundezas perto das Ilhas Coco, no Oceano Índico (Foto: Benjamin Healley)

Entre a enorme variedade de vida marinha encontrada, o peixe-morcego do fundo do mar foi um destaque, com seu corpo alargado e suas duas barbatanas que funcionam como pernas.

Enguia cega identificada pela expedição de cientistas (Foto: Benjamin Healley)

Outro ser bastante interessante é uma enguia cega anteriormente desconhecida, coletada a 5.000 m de profundidade, coberta de pele transparente e gelatinosa.

Um voraz peixe lagarto “highfin” encontrado pela expedição que desbravou as profundezas de ilha de território australiano (Foto: Benjamin Healley)

Além dos animais, os pesquisadores também coletaram antigos dentes de tubarão pré-históricos. “Eram tubarões gigantescos que viveram há milhões de anos”, disse O’Hara. Com base em fotografias, especialistas em fósseis acham que eles vieram de “animais semelhantes a megalodontes”. Pesquisas mais aprofundadas serão feitas depois que o material chegar aos museus para onde foram enviados, junto com todo o restante das coleções.

Um peixe chato da ordem Pleuronectiformes encontrado pelos pesquisadores (Foto: Benjamin Healley)

Pode levar anos para os especialistas trabalharem em todos o material coletado na viagem, mas O’Hara estima que entre 10% e 30% serão espécies novas para a Ciência. “Estou realmente empolgado com as novas descobertas científicas futuras que surgirão disso nos próximos anos”, afirmou a doutora Michelle Taylor, da Universidade de Essex e presidente da Deep-Sea Biology Society.

Fonte: Um Só Planeta

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