Um tubarão-cabeça-chata (Carcharhinus leucas) encalhou nesta sexta-feira (6), no Parque Prainha, em São Vicente, no litoral de São Paulo. Segundo apurado pela reportagem, com a alta da maré o animal conseguiu se libertar do banco de areia e retornar ao mar.
Em nota, o Instituto Gremar informou que foi acionado, mas, em menos de 30 minutos, os mesmos munícipes entraram em contato relatando que o animal havia retornado para o mar. Por este motivo, não há informações sobre o estado de saúde do tubarão.
O biólogo marinho Eric Comin afirmou que o tubarão-cabeça-chata prefere águas mais quentes. Ele entende que ele pode ter encalhado após ter entrado no estuário [ambiente aquático de transição entre um rio e o mar] justamente pela água estar mais quente nessa época do ano.
De acordo com o especialista, não é comum encontrar essa espécie na região. Mas, não há motivos para preocupação.
![Animal apareceu no Parque Prainha, em São Vicente (SP). — Foto: Reprodução/Marcelo Ricky](https://s2.glbimg.com/V9AJOQYo1N8tTV6Lc0_7g8piA2E=/0x0:793x434/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/l/S/J47BP5Ta2v09rOf5rwRw/tubarao-encalhado.jpg)
“O ser humano não faz parte da cadeia alimentar desses tubarões. Existem lugares do mundo que se mergulha com o tubarão [cabeça-chata], na África, nas Bahamas, em Cuba. Porém, existem incidentes com essa espécie no litoral de Recife, na praia de Boa Viagem”, destacou.
O biólogo finalizou que o tubarão-cabeça-chata está na categoria de quase ameaçado de extinção. A espécie pode atingir até 3,5 metros de comprimento, e os machos chegam a pesar, em média, 100 kg. As fêmeas são um pouco maiores e podem pesar até 135 kg.
Fonte: G1