Pesquisadores da Colgate University, em Nova York, têm usado tecnologia de reconhecimento facial para construir um banco de dados com 400 focas residentes na Baía de Casco, no Maine (EUA). Chamada de SealNet, a ferramenta pretende ser uma forma não invasiva de rastrear os animais e entender mais sobre o seu ecossistema — e como preservá-lo.
As descobertas, publicadas na revista científica Ecology and Evolution, detalham que o sistema foi capaz de identificar as focas com quase 100% de precisão. A SealNet pode distinguir as características faciais das focas em fotos e, em seguida, observar marcadores exclusivos, como olhos e formatos de nariz.
Segundo Krista Ingram, professora de biologia da Colgate University e uma das pesquisadoras da SealNet, armazenar fotos de rostos de focas e aproveitar o aprendizado de máquina para rastrear os mamíferos ajudará os cientistas a entender seus padrões com mais clareza. A esperança é encontrar maneiras de proteger melhor os animais.
Há alguns anos, os biólogos já usam tecnologia de satélite para rastrear os mamíferos marinhos. De acordo com Jason Holmberg, diretor executivo da empresa de pesquisa de conservação de aprendizado de máquina Wild Me, o uso de inteligência artificial é uma forma de impulsionar esses estudos. A empresa pretende trabalhar em parceria com os pesquisadores, fornecendo mais recursos tecnologócios para aprimorar a ferramenta SealNet.
A equipe de pesquisadores agora procura ajustar a automação do SealNet para abrir seus recursos para a comunidade em geral, permitindo que outros cientistas também registrem novos rostos de focas.
A expectativa é que a mesma técnica possa ser utilizada para rastrear outros animais como baleias e golfinhos.
Fonte: Um Só Planeta