Duas tartarugas-verdes (Chelonia mydas), que foram resgatadas e cuidadas pelo Aquário de Santos, no litoral de São Paulo, foram devolvidas ao mar. Segundo a prefeitura, a equipe encarregada pelos animais soltou as tartarugas no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, a cerca de 40 quilômetros da costa.
Os dois répteis, apelidados de Ramona e Una, foram encontrados por moradores da cidade. Um deles estava no Aquário em observação desde outubro de 2022 e, o outro, há seis meses. Enquanto um estava debilitado, com sinais de interação com a pesca e ingestão de plástico, o segundo havia sofrido uma colisão com uma embarcação.
Durante a estadia e antes da alta, na manhã de quarta-feira (27), as tartarugas foram submetidas a procedimentos para estabilização e também para a cicatrização do casco. Elas ficaram em tanques individuais e receberam acompanhamento diário da equipe. As tartarugas se alimentavam de pescados, como tilápia e polvo, e vegetais no setor extra do Aquário.
“Os dados são alarmantes: em dez anos, 200 tartarugas marinhas foram acolhidas e tratadas, sendo 76 recuperadas, já que parte delas tinha corpos estranhos no trato intestinal. Vamos continuar firmes, com conscientização e sensibilidade ambiental”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório, por meio de nota divulgada pela prefeitura.
Sobre a tartaruga-verde
As tartarugas-verdes fazem parte das cinco espécies que vivem no país. Elas podem atingir mais de 1,40m de comprimento e pesar mais de 200kg. Suas características incluem a cabeça pequena, com somente um par de escamas pré-frontais e uma mandíbula serrilhada, que facilita a alimentação com vegetais.
Conforme o Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBio), vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a tartaruga-verde é a única espécie que se reproduz nas ilhas oceânicas brasileiras.
Fonte: G1