Os prefeitos da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, desistiram de tomar medidas metropolitanas e irão decidir individualmente pelas medidas a serem adotadas nas festas de fim de ano e na temporada de verão. O anúncio foi feito pelo prefeito de Santos, Rogério Santos, após uma reunião entre os nove prefeitos, realizada na manhã desta quarta-feira (3).
Os prefeitos negociavam decisões metropolitanas, que abrangeriam todas as cidades de maneira uniforme. No entanto, após a reunião, foi decidido que cada prefeitura deverá anunciar suas próprias medidas de restrições e flexibilizações.
“A decisão é que [a medida] não será metropolitana, de maneira uniforme. Cada prefeito vai decidir o que fará com as suas festividades de fim de ano”, disse o prefeito de Santos.
As medidas são voltadas à realização da queima de fogos, eventos públicos e privados. Santos, Praia Grande, São Vicente, Guarujá e Bertioga já anunciaram que não farão queima de fogos, para evitar aglomerações na faixa de areia das cidades. As outras cidades ainda não definiram.
Em Santos, os eventos públicos, sem controle de acesso, estão vetados. Os eventos privados poderão acontecer e, devem contar com portaria e venda de ingressos, para controle do público e dos protocolos sanitários exigidos para a realização.
Rogério Santos ainda disse que os prefeitos solicitaram, oficialmente, uma reunião com o Governo do Estado sobre a Operação Verão, para pedir reforço na segurança na Baixada Santista durante os próximos meses.
“A expectativa é que essa temporada seja bastante concorrida, por conta da característica do turismo regional e nacional”, finalizou.
Praias liberadas e cidades sem barreiras
Mesmo com as decisões individuais, o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) já havia decidido que as praias das cidades da Baixada Santista ficarão liberadas para o acesso de turistas e moradores durante o Réveillon.
A entrada das cidades não contarão com barreiras sanitárias para controlar o acesso de turistas. “O momento da pandemia não exige esse tipo de ação, mas não adianta olhar só o quadro epidemiológico atual, a gente precisa projetar o futuro. A decisão pode mudar caso a pandemia piore”, afirmou.
Mesmo sem a queima de fogos, já decidida pela maioria das cidades, Rogério Santos afirmou em entrevista que a permanência de pessoas na faixa de areia das cidades será permitida durante toda a temporada de verão.
“A gente sabe que promover o espetáculo de fogos é incentivar a aglomeração. Muitos vêm ver o espetáculo, que é belíssimo. Se não promovermos, um número menor de pessoas virão”, justificou.
Fonte: G1