E aí, qual seria a sua reação se um polvo gigante se aproximasse e abrisse seus tentáculos tentando te abraçar? Pode até parecer assustador, mas para a mergulhadora canadense Andrea Humphreys, o momento foi mágico. “Estava apenas rastejando na minha câmera, rastejando em meus lábios, me dando um abraço. Esses tentáculos enormes estavam sobre meu rosto e máscara. Toda vez que eu me afastava dele, o polvo continuava vindo em minha direção. E foi tão incrível e inspirador”, contou ela ao The Guardians.
O encontro raro aconteceu nas águas do Mar Salish, ao largo da costa leste da ilha de Vancouver, no Canadá. Andrea Humphreys, professora do ensino médio na cidade de Campbell River, estava com um grupo de amigos explorando as águas do Pacífico norte.
Ao contrário do azul dos trópicos, por lá a água tem uma tonalidade sombria e esverdeada. Mas os mergulhadores foram preparados e com todos os equipamentos em busca de uma missão: encontrar o polvo gigante do Pacífico. “As pessoas dizem que é escuro e sombrio aqui. Mas quando você tem luzes, você vê todas as cores do arco-íris. É incrível. Completei mais de 675 mergulhos e acho que esse é um dos melhores mergulhos do mundo”, destacou Humphreys.
Depois de algum tempo, o grupo fez o raro avistamento do cefalópode ao ar livre. Primeiro, ele se aproximou da amiga da mergulhadora, colocando os tentáculos contra sua máscara. Depois se voltou para Humphreys, que já estava a postos fotografando o encontro. Foi aí que a sua câmera capturou o curioso animal se aproximando cada vez mais na sua direção, com os tentáculos se expandindo, até que ele a abraçou completamente.
Durante cerca de 40 minutos, o polvo ficou inspecionando o equipamento de mergulho e mostrando interesse na câmera. Além disso, manteve sua cor vermelha profunda, sem assumir o tom acinzentado de um polvo agressivo, o que comprova ter sido um contato amigável. Após a experiência única, a professora publicou o vídeo em sua rede social e viralizou.
Assista ao vídeo
Segundo ela, parte da popularidade do vídeo foi devido ao vislumbre que forneceu de uma conexão íntima e improvável com uma criatura que muitas vezes parece um alienígena. A professora costuma visitar salas de aula com seu equipamento de mergulho para possibilitar os alunos de conhecer o ecossistema marinho. “Quero dar a eles uma noção do que está em jogo. Com as mudanças climáticas, o aquecimento das águas e a poluição, quero que eles aprendam sobre por que isso importa.”, disse. O encontro inédito com o polvo só aprofundou seu interesse e amor pelo oceano.
Fonte: Um Só Planeta