O ditado popular “é melhor prevenir do que remediar” merece ser lembrado ao viajar. Sair de férias pode expor as pessoas a situações como mudanças climáticas, queimaduras solares ou contato com alimentos diferentes da rotina habitual e causar problemas.
O ideal é se certificar que está com a saúde em dia antes de sair de casa para evitar qualquer contratempo: o clínico geral Lucas Albanaz, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, ensina que é importante checar se as vacinas estão em dia antes de partir na viagem de férias. “Não se pode esquecer também de fazer os exames de rotina e de colocar na mala as medicações contínuas”, alerta.
Mesmo estando saudável, ter acesso a alguns remédios básicos é essencial para não estragar a viagem. Albanaz ensina que é interessante colocar no kit de primeiros socorros produtos para fazer curativos (antisséptico, algodão, gaze, band-aid e pomada analgésica), termômetro e alguns remédios como antitérmicos, analgésicos, antialérgicos, relaxante muscular e repositor de flora intestinal.
“A viagem pode expor o paciente a alimentos não comuns na rotina e a pessoa pode ser acometida com a chamada ‘diarreia do viajante’”, alerta o médico.
Ele lembra que é importante entender o ambiente do destino e qual é o clima do local. Se é muito seco, úmido, frio, quente, se tem insetos e qual tipo de alimentação o viajante vai encontrar lá são preocupações válidas — sendo assim, filtro solar, protetor labial, hidratante e repelente também podem entrar no kit.
Outra recomendação importante em tempos de pandemia de Covid-19 é a máscara descartável de boa qualidade (PFF2/N95 ou cirúrgica) e o álcool gel para higienizar as mãos na falta de água e sabão.
A intensivista Imara Schettert, do Hospital Santa Marta, lembra que é importante prestar atenção ao risco de trombose quando se fica sentado por muito tempo. “Devemos promover a movimentação das pernas, estimulando o retorno do sangue ao coração”, explica.
Ela chama atenção ainda para a conservação dos alimentos que serão levados na viagem: a recomendação é escolher opções industrializadas e não perecíveis que não irão estragar e causar intoxicação alimentar. “Temos que verificar sempre a qualidade dos alimentos e considerar se o indivíduo está acostumado a comer alguns condimentos”, completa.
Para uma orientação mais detalhada e adequada para cada caso, Albanaz recomenda procurar um clínico antes de viajar. O kit perfeito só pode ser montado levando em consideração as particularidades dos viajantes — se alguém tem alergia, por exemplo, anti-histamínicos devem entrar na bagagem.
No destino, caso os sintomas não passem com os remédios básicos, ou se a ferida for séria, é importante procurar atendimento médico especializado o mais rápido possível.
Fonte: Metrópoles