Criança pede socorro e cachorra com pata comida por carrapatos é salva no litoral de SP após ser ignorada por adultos

Uma cachorra vira-lata com carrapatos na pata foi resgatada após uma criança, de sete anos, a encontrar e pedir para a mãe dela que pedisse ajuda em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Com os ferimentos causados pelos bichos e por a própria cachorra ter comido uma parte do membro, a pata precisou ser amputada.

A diretora de bem-estar animal da Ong Viva Bicho, Leila Abreu, contou que estava em uma ação de castração de animais quando o vereador Cadu Barbosa recebeu o pedido de ajuda. “Uma criança de sete anos pediu ajuda para a mãe, que chamou o vereador. Então, a presidente da ONG, o vereador e eu fomos ajudar o animal”, conta Leila.

A criança e a mãe colocaram a cachorra em um pedaço de papelão dentro de casa, localizada no bairro Caieiras, e ainda fizeram um curativo em sua pata até que a ajuda chegasse. “Quando chegamos a cachorra tinha uma quantidade muito grande de carrapatos, que estavam comendo e sugando o sangue dela. Com a ferida, a cachorra começou a comer uma parte da pata dela”, disse.

“Muitos adultos passaram por ela e não a notaram. Precisou uma criança de sete anos ir procurar ajuda para uma cadelinha gritando por socorro”, publicou Leila no Facebook da ONG. Segundo a voluntária, a cachorra passa por uma doença chamada erliquiose, que ocorre por meio de uma bateria transmitida pelo carrapato.

A cachorra foi resgatada e levada até a Clínica Viva Bicho, onde se constatou a doença e já foi avaliada a gravidade da situação. “Pelo excesso de carrapatos, nós fizemos exames e constatamos que ela estava com anemia e passou a tomar antibióticos”.

Segundo Leila, foi necessário um tratamento cuidados com a cachorra. Ela precisou tomar soro, pois estava desidratada, e realizou exame um de sangue que constatou uma anemia. Na última sexta-feira (25), a cachorra precisou ter a pata amputada.

A cachorra, que ganhou o nome de Sabrina, agora está bem e foi acolhida pela ONG Viva Bicho à espera de ser adotada. “Como ela quer atenção o tempo todo, a gente vê que talvez ela nunca tenha tido isso, ter seres humanos perto dela. Pode ser que ela tenha sido mal tratada justamente por ter confiado demais em quem não devia”, finaliza.

Fonte: G1