O verão começa, oficialmente, nesta sexta-feira (22), às 00h27min, no horário de Brasília. Ele chega com a marca de um El Niño, que já é um dos mais fortes de todos os tempos.
Quem não ouviu, nos últimos meses, alguém ao lado reclamando: “imagina no verão!”?
Nas ruas, o povo fala: “quando chegar, derrete”, “eu estou com 72 anos e nunca vi um calor desse”, “é chapéu, óculos, protetor, porque tá bem quente”.
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A gente acaba se esquecendo que no verão chove mais e, às vezes, refresca. Mas em tempos de mudanças climáticas, até os metereologistas estão sofrendo mais para fazer a previsão. Mesmo assim, vamos à ela:
“Verão mais quente do que o normal para praticamente todo país, com exceção para o extremo sul do país, onde as chuvas estão previstas um pouco acima do normal. Para o extremo norte, da região norte e do nordeste do Brasil, chuva um pouco abaixo do normal. Para região central do país e a região sudeste, condições típicas de verão com possibilidade de chuvas abundantes e períodos com déficits de chuvas”, diz Caio Coelho, pesquisador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos.
O Instituto Nacional de Meteorologia prevê que a temperatura média desse verão no país fique em 26 graus: a mais alta em 25 anos. Um dos principais motivos é o El Niño, que está só começando e já é considerado muito forte, com a temperatura do Oceano Pacífico dois graus acima da média.
Que os dias estão mais quentes, todo mundo já sentiu, mas a noite chega para refrescar. Só que até isso já está ficando diferente por causa das mudanças climáticas.
O Cemaden, o Centro Nacional de Alertas para Desastres Naturais, analisou as temperaturas mais altas durante a noite neste ano, ano que registrou 9 ondas de calor.
“Ondas de calor se caracterizam pelo aumento das temperaturas durante o dia, temperaturas diurnas e as noturnas também, ou seja, é os dois. Isso, sim, tem se observado não só no Brasil, mas em todo o mundo que a tendência de noites quentes e dias quentes está aumentando”, diz José Marengo, meteorologista e coordenador de pesquisas do Cemaden.
Fonte: Jornal Nacional
