Tasmânia coletará peixe raro para protegê-lo de onda de calor esperada para o verão

O emblemáticos peixe-mão vermelho da Tasmânia está ameaçado de extinção devido à degradação do habitat de algas marinhas de que necessita para se reproduzir. Atualmente, estima-se que existam apenas entre 50 e 100 unidades na região, e, para salvá-las das ondas de calor marinho esperadas para o verão, cientistas irão remover uma parte desta população e alojar em criadouros.

Segundo o The Guardian, Tanya Plibersek, ministra do Meio Ambiente do estado insular localizado australiano, anunciou que concedeu uma isenção sob a lei ambiental federal para a coleta de até 25 animais – se for necessário, os demais peixes também serão resgatados. Eles ficarão alojados no Instituto de Estudos Marinhos e Antárticos (IMAS, na sigla em inglês), que monitorará a população restante em busca de sinais de estresse.

As autoridades locais também investiram US$ 240 mil (aproximadamente R$ 1,1 milhão) para melhorar as condições do habitat selvagem da espécie e recuperar a saúde dos peixes que estão em cativeiro.

“O governo albanês (governo executivo da Austrália) estabeleceu uma meta de não haver novas extinções e esta intervenção é fundamental para salvar o peixe-mão vermelho da Tasmânia”, disse Plibersek eum comunicado.

Adrian Meder, gestor do programa de frutos do mar sustentáveis da Sociedade Australiana de Conservação Marinha, acrescentou que está é possivelmente a espécie de peixe com barbatanas mais ameaçada do mundo, com as águas do sudeste da Austrália aquecendo quase quatro vezes na comparação com a média global.

“Eu diria que um único evento adverso poderia ser o fim da espécie. Portanto, esta intervenção governamental é muito bem-vinda”, afirmou.

Tasmânia coletará peixe raro para protegê-lo de onda de calor esperada para o verão — Foto: Reef Life Survey
Tasmânia coletará peixe raro para protegê-lo de onda de calor esperada para o verão (Foto: Reef Life Survey)

Declínio populacional

Dados do Handfish Conservation Project apontam que existem 14 espécies de peixes-mão no sul da Austrália. E, de acordo com Nic Street, ministro interino do Meio Ambiente da Tasmânia, a população restante enfrentaria devastação, a menos que medidas fossem tomadas.

“O aquecimento extremo está previsto na área localizada onde o peixe vermelho habita, com os especialistas prevendo um declínio populacional de até 75-99% durante as condições previstas”, observou.

Assim que a ameaça das ondas de calor marinhas passar, espera-se que os peixes sejam devolvidos à natureza.

Fonte: Um Só Planeta

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