Um jovem pinguim-de-magalhães foi resgatado por um morador, na tarde da última quinta-feira (9), após boiar até uma praia de Bertioga, no litoral de São Paulo. O Instituto Gremar, que faz monitoramento ambiental, foi acionado e encaminhou a ave, que estava debilitada, para o centro de reabilitação da organização.
O líder de pátio de uma garagem de moto aquática, Guilherme Oliveira de Paula, de 30 anos, foi o responsável pelo resgate do pinguim na Praia do Itaguaré. Ele disse que aproveitou o horário de almoço para ir ver o mar e avistou um ‘ponto preto’ ao se aproximar da faixa de areia. “Ele parecia cansado e veio boiando até encalhar”.
Guilherme pegou a ave assim que ela chegou na faixa de areia e pediu para um amigo acionar o Instituto Gremar. “Só o molhei um pouco com a mangueira quando o peguei, depois coloquei nessas caixas de mercado com furos, tampei e deixei ele ‘de boa’ no canto para descansar e se acalmar”.
Ao chegar ao local, os agentes do Instituto Gremar identificaram a ave como um pinguim-de-magalhães jovem, porém debilitado. A ave foi encaminhada para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, em Guarujá, no litoral de São Paulo, onde passou por atendimento veterinário.
Segundo o Gremar, exames constataram que o animal apresentava a chamada “síndrome do pinguim encalhado”, cujos sintomas são desidratação, hipotermia, hipoglicemia e caquexia. A ave segue sendo acompanhada pelo Instituto até que esteja totalmente reabilitada.
Jornada por alimento
O Instituto Gremar explicou que durante o inverno do Hemisfério Sul, os pinguins-de-magalhães migram de suas colônias reprodutivas no sul da Argentina, Patagônia, Chile e Ilhas Malvinas até o litoral brasileiro em busca de alimento.
“Nessa jornada, é comum que alguns indivíduos não suportem a longa viagem, especialmente, os jovens, que estão realizando a sua primeira migração e são mais inexperientes – o que pode resultar em encalhes deste tipo”, afirmou por meio de nota.
Fonte: G1