Pescadores abatem tubarões-martelo e são multados pelo Ibama no litoral de SP

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou um grupo de pescadores por abater dois tubarões-martelo (Sphyrna spp) adultos e cinco filhotes em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Segundo divulgado pelo órgão ambiental, o crime foi descoberto após a equipe receber uma denúncia de vídeos gravados pelos próprios pescadores e divulgados nas redes sociais deles.

Conforme explica o Ibama, os tubarões-martelo são uma espécie ameaçada de extinção. De acordo com o artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais – Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória” é considerado crime ambiental.

De acordo com o órgão, a pena para situações como essa pode chegar a um ano de detenção, além de multa. No caso dos pescadores, foi aplicada multa de R$ 5 mil por animal, totalizando R$ 35 mil para cada pescador envolvido.

O analista ambiental do Ibama Fábio Zucherato coordenou a ação e relatou que os pescadores agiram com “hostilidade”. De acordo com o profissional, apesar de os bichos não terem sido encontrados, a equipe observou no vídeo que a fêmea carregava cinco filhotes, e que “todos foram brutalmente mortos”.

Tubarão-martelo (Foto: Reprodução/Ibama)

“Não se pode tratar a fauna como troféu, exibindo-os cruelmente em vídeo. Esse é um tubarão cada vez mais raro”, disse o analista ambiental em nota divulgada pelo Ibama.

Para fiscalizar situações similares e evitar crimes dessa natureza, Zucherato afirma que o Ibama tem estado cada vez mais atento às redes sociais. De acordo com ele, toda vez que a equipe recebe vídeos ou fotografias que caracterizam algum crime, procuram identificar o autor, para que ele seja punido.

O Ibama orienta que, caso a população veja ações que caracterizem transgressão da lei, as denuncie. O órgão ambiental informa que tem um canal que aproxima o cidadão do instituto, e por meio do site, é possível encontrar a melhor maneira de fazer a denúncia.

Fonte: G1

Compartilhe
Facebook
Twitter
WhatsApp

Notícias relacionadas