Parece plástico, mas é orgânico: conheça a salpa, animal invertebrado do oceano

Olhando de longe, você pode pensar que está avistando uma garrafa plástica boiando no oceano, mas, se ao tocar o objeto você perceber uma consistência gelatinosa, parecendo uma água-viva, a chance é muito grande que tenha em mãos uma salpa.

Esses animais invertebrados filtram a água do mar em busca de alimento, principalmente o plâncton, e podem se juntar em colônias, formando uma espécie de trança.

Salpa flutua nas águas do Mar Vermelho, no Egito. Animal gelatinoso é um invertebrado dos mares.
Salpa flutua nas águas do Mar Vermelho, no Egito. Animal gelatinoso é um invertebrado dos mares. (Foto: Andriy Nekrasov)

A mergulhadora profissional Kayleigh Grant mostrou um exemplar da salpa em suas redes sociais. “Adoro ver alienígenas do oceano! A salpa é um invertebrado marinho que se move contraindo e bombeando água através de seu corpo gelatinoso. Alimenta-se de plâncton através de seus filtros internos de alimentação. Quando o plâncton é abundante, a salpa pode entupir e afundar no fundo do mar. Esta salpa que afunda carrega carbono e nutrientes para o fundo do mar. Os peixes pequenos também podem usar a salpa como lar, proteção ou alimento. Salp não tem cérebro nem sistema nervoso central. Esta salpa foi rapidamente colocada de volta no oceano”, observou.

Segundo a NOAA, agência do governo norte-americano para os oceanos e a atmosfera, as salpas são animais formadores de comunidades que se parecem com um “barril gelatinoso”.

Para coletar alimentos, eles processam água através de seus corpos a taxas da ordem de litros por hora, usando uma rede mucosa dentro de seu corpo que captura plâncton e detritos.

“Sifonóforos, salpas, águas-vivas e ctenóforos são contribuintes significativos para os ecossistemas marinhos da Terra”, afirma Mike Ford, oceanógrafo biológico do serviço da NOAA dedicado à pesca marinha.

“A história e a experiência dizem-nos que quando estes animais atingem uma densidade suficientemente elevada, podem alterar o ecossistema. E isso pode ter efeitos negativos sobre os recursos marinhos vivos que nos interessam”, explica o especialista, ressaltando a importância do monitoramento desses invertebrados.

Fonte: Um Só Planeta

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