Lancha trinca em alto-mar e leva pai e filho a bordo ao desespero no litoral de SP

Uma lancha encalhou em uma praia em Guarujá, no litoral de São Paulo, após a estrutura ‘trincar’ e encher de água. Conforme apurado pela reportagem neste sábado (22), a embarcação era usada por duas pessoas, um pai e um filho, durante um dia de pesca em alto-mar. Ao perceber a situação, eles precisaram ‘acelerar’ para chegar até a areia em segurança. Ninguém se feriu.

A dupla saiu de São Vicente, também no litoral paulista, na última sexta-feira (21), mas percebeu os problemas na embarcação durante o passeio. Como medida de segurança, eles seguiram para a Praia Branca, em Guarujá (SP). Ambos foram resgatados por guarda-vidas, munícipes e turistas, que ajudaram a puxar os pedaços remanescentes da lancha para fora da água.

“O pai falou ao filho: ‘Toca para a praia’. Eles procuraram um ponto que não tinha quase ninguém e manobraram em direção à faixa de areia para o barco encalhar”, contou o autônomo Valclei Lemos Motta, de 49 anos, uma das pessoas que ajudou no resgate.

Moradores e turistas da Praia Branca, em Guarujá, se uniram para ajudar vítimas e a lancha que encalhou no mar (Foto: Arquivo pessoal)

Valclei relatou ter corrido para ajudar assim que viu a dupla chegar perto da praia. O munícipe explicou que, ao se aproximar da lancha, a primeira reação que teve foi de tirar os dois tripulantes de dentro da embarcação, uma vez que a maré estava enchendo.

“Minha primeira reação foi ajudar. Eu vi a cara deles de desespero. É um barco grande. Ninguém sabe o quanto a pessoa batalha para ter um barco desses. Me coloquei no lugar deles”, lembrou.

Ainda segundo o autônomo, outros moradores, turistas e até o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) de Bertioga, cidade vizinha, uniram esforços para tirar a embarcação da água.

Lancha com pai e filho trincou ao meio, encheu de água e encalhou na Praia Branca, em Guarujá (Foto: Arquivo pessoal)

“Amarramos cordas e prendemos em uma árvore para o barco não ser levado [pela correnteza] para o fundo do mar. Nos preocupamos em retirar os motores, já que não dava para salvar a lancha”, explicou o autônomo.

Ainda de acordo com ele, foi necessário fazer uma pausa nos esforços para a retirada da lancha das águas, uma vez que a maré estava subindo. “Voltamos para desparafusar os motores. Enquanto não retirei o motor, não parei de trabalhar no barco”, finalizou Valclei.

A reportagem solicitou informações ao GBMar, que confirmou que um bombeiro apoiou os moradores na amarração das cordas na lancha. A reportagem também entrou em contato com a Capitania dos Portos, que informou que irá enviar peritos para apurar o caso.

Fonte: G1

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