Moradores de Peruíbe, no litoral paulista, ficaram impressionados com o tamanho de uma água-viva flagrada em uma praia do município. O registro feito pelo aposentado José de Matos Martins, de 70 anos, e chamou a atenção de internautas. José contou que encontrou o animal durante uma caminhada, na Praia do Centro.
Segundo Martins, a foto foi tirada por volta das 17h desta quarta-feira (28). O aposentado fazia uma caminhada quando encontrou a água-viva e decidiu fazer um registro. “Eu percorri mais ou menos 4 km de praia, e na maior parte do trecho, havia águas-vivas. A maior concentração estava mais ou menos em uma faixa de 2 km. Essa que tirei foto foi a maior, mas havia várias menores”, explica.
De acordo com o aposentado, o animal foi o maior que ele já viu. “Acredito que tinha mais de 50 águas-vivas no trecho que eu caminhei, essa eu achei mais interessante, foi a maior que já vi”, destaca.
Além do registro, Martins conta que ficou assustado com a quantidade de águas-vivas que encontrou no percurso. “Eu fiquei um pouco espantado, porque eu nunca tinha visto tantas, já vi muitas, mas não igual a esta vez”, finaliza.
A reportagem procurou o biólogo marinho Eric Comin para falar sobre o caso. Segundo o especialista, o animal aparenta ter aproximadamente 50 cm de comprimento e 35 cm de largura, contudo, não é possível identificar a espécie por meio da fotografia. “É extremamente comum nesta época do ano, elas vêm junto com as correntes oceânicas e estão na praia devido à ressaca, a agitação do mar”, explica.
O biólogo ressalta que as pessoas não devem manusear as águas-vivas. “As águas-vivas são urticantes. Eu sei que, nesta época do ano, a gente não tem banhistas no mar, mas tem o pessoal na praia, então, o que a gente pede é para que as pessoas não encostem, evitem tentar manusear esses animais, e se tiver a ocorrência de muitos animais na água, é necessário pedir para que não entrem no mar, porque pode vir a causar algum tipo de acidente”, alerta.
“Deve-se evitar nadar onde há uma grande concentração de águas-vivas, pois a toxina produzida por elas pode provocar irritações semelhantes a queimaduras, e até reações alérgicas fortes. Dependendo do caso, do local onde pega na pessoa, em uma região torácica, principalmente de criança, o acidente pode ser fatal”, conclui Comin.
Fonte: G1