Conheça as cinco espécies de golfinhos e botos mais comuns do Brasil

Em todo planeta, existem mais de 90 espécies que compreendem a família dos odontocetos – golfinhos, botos, orcas, cachalotes e alguns outros animais.

O grupo é uma subordem dos cetáceos, caracterizada principalmente pela presença de dentes do mesmo formato que não são substituídos ao longo da vida. Esses dentes têm como principal função a captura das presas, que são geralmente peixes, polvos, lulas e crustáceos.

Conheça os golfinhos e botos mais comuns do Brasil (Foto: Julio Cardoso/Arquivo TG)

Habitantes de todos os oceanos e mares internos do planeta, os odontocetos ocorrem também em água doce, sendo algumas espécies fluviais, como esclarece o guia de identificação dos cetáceos brasileiros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Outra característica do grupo é a presença de um sistema sonoro de ecolocalização que auxilia no deslocamento, alimentação e até na comunicação entre esses mamíferos.

Ao todo, existem 10 famílias de odontocetos, compreendidas em 34 gêneros e 92 espécies diferentes. No Brasil, 42 espécies já foram observadas e registradas. Conheça as mais comuns:

Golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truntatus)

Presente em todo o litoral brasileiro, o golfinho-nariz-de-garrafa habita tanto regiões costeiras, como oceânicas. Vive em grupos ou sozinho e pode chegar a mais de três metros de comprimento e 350 quilos.

Golfinho-nariz-de-garrafa no Mar do Norte (Foto: Imagem cortesia de Vincent M. Janik/Universidade de St Andrews)

“É uma das espécies mais populares não só pela sua distribuição, como por sua presença em cativeiros, infelizmente. No Brasil, ainda há uma espécie (Tursiops geophyreus) que é encontrada somente no Sul”, explica o biólogo especialista em golfinhos Rafael Pinheiro, do projeto Golfinho Rotador.

Algumas das principais ameaças à sobrevivência do golfinho nariz-de-garrafa são: captura acidental e intencional, poluição, colisão com embarcações, contaminação das águas, degradação e perda de habitat e ingestão de resíduos sólidos.

Boto-Rosa (Inia sp)

Boto-vermelho fotografado no Amazonas (Foto: Luke Verburgt/iNaturalist)

O boto-rosa é um golfinho de água doce, presente nos rios da região norte no Brasil. Devido à existência de subespécies, o Inia sp pode apresentar variações na aparência conforme o local onde é observado.

Rafael explica que, no Brasil, as variações de subespécies são o boto-da-Bolivia (Inia Boliviensis), o boto-vermelho (Inia geoffrensis) e o boto-do-araguaia (Inia araguaiaesis) – única espécie de mamífero aquático endêmica no país. Todas já foram avistadas no território brasileiro.

“Esses botos podem atingir o comprimento médio de 2,2 metros, pesar de 160 a 210 quilos e apresentar heterodontia, dentes com tamanhos diferentes, o que ocorre somente em golfinhos de água doce”, completa ele.

Golfinho-rotador (Stenella longirostris)

O golfinho-rotador de Fernando de Noronha atinge os dois metros (Foto: Projeto Golfinho Rotador)

“O golfinho-rotador é um tipo de golfinho oceânico, que sempre está em grupos, podendo ser possível encontrar concentrações com centenas e até milhares de indivíduos”, diz Rafael.

Essa espécie possui um bico extremamente longo e fino e se aproxima de ilhas oceânicas para descansar, namorar e cuidar de seus filhotes, como acontece em Fernando de Noronha. Um adulto pode chegar a dois metros e pesar de 75 a 95 quilos.

Boto-cinza (Sotalia guianensis)

Boto-cinza foi fotografado no Rio Grande do Norte. (Foto: Kennedy Borges/iNaturalist)

O boto cinza é encontrado apenas no Oceano Atlântico e está presente em todo litoral brasileiro, com exceção do estado do Rio Grande do Sul. Podem atingir comprimento de 1,9 metros e pesar até 121 quilos.

Toninha (Pontoporia blainvillei)

Toninha amamentando filhote em Ubatuba (Foto: Divulgação/Costa das Toninhas)

As toninhas são os menores cetáceos do mundo. “As fêmeas chegam a medir 1,5 metro e os machos, menores, não ultrapassam os 1,2 metro de comprimento, pesando até 125 quilos. São encontrados em áreas costeiras no sul e sudeste do Brasil”, finaliza.

Fonte: G1

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