Uma caravela-portuguesa chamou a atenção de banhistas em Praia Grande, no litoral de São Paulo, nesta terça-feira (17). Apesar de bonita, ela é capaz de produzir queimaduras de até terceiro grau em contato com com a pele. O biólogo marinho Eric Comin explicou os primeiros socorros mais indicados no caso de contato direto com o animal.
As caravelas-portuguesas (Physalia physalis) são formadas por uma parte que boia e por tentáculos, que ficam debaixo d’água e são os responsáveis por soltar toxinas e causar queimaduras. Ao entrar no mar é preciso ficar atento e, caso localize uma, o recomendado é se afastar do animal, segundo o biólogo.
No caso de incidente com caravelas-portuguesas, Comin explica que o indicado é jogar vinagre e retirar os filamentos do animal da pele com auxílio de uma lâmina de barbear molhada também em vinagre.
O especialista explica que os tentáculos da caravela-portuguesa costumam se desprender do corpo do animal e grudar na pele humana. Por isso, é importante tentar removê-los o quanto antes. Após eliminar os filamentos, a vítima deve buscar atendimento médico.
Eric ressalta também que a vítima não deve coçar a região que foi atingida pela caravela-portuguesa. Segundo ele, parte do veneno fica encapsulado em pequenas bolsas que, ao serem coçadas, estouram e liberam mais veneno. Se isso acontecer, as mãos também ficam contaminadas, podendo levar as toxinas para outras partes do corpo.
As caravelas-portuguesas vivem em águas tropicais, são carnívoras e costumam se alimentar de pequenos peixes. Elas são mais facilmente vistas por banhistas durante a primavera e verão e se aproximam da orla por influência da corrente de água central do Atlântico Sul.
Fonte: G1