A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou, por meio do Instituto Adolfo Lutz (IAL), que as amostras de água potável coletadas em Guarujá e Praia Grande, no litoral paulista, não contêm a presença do norovírus. Diferente desses resultados, o laboratório constatou a presença do vírus em amostras humanas de fezes coletadas na Baixada Santista.
As amostras de água potável foram coletadas nos dois municípios após o aumento dos casos de virose na região, entre dezembro de 2024 e o início de janeiro deste ano.
De acordo com a SES-SP, as noroviroses representam um grupo de doenças de origem viral, conhecidas como gastrenterites, e normalmente são transmitidas via fecal-oral. A pasta divulgou que se trata de uma doença considerada autolimitada com duração de, em média, três dias.
Por meio de nota, a SES-SP informou que, além de não encontrar a presença do norovírus na água analisada, o laboratório não constatou alterações ou a presença de outros vírus.
Diante da situação na Baixada Santista, a pasta disse ter feito duas reuniões técnicas, com secretários municipais de saúde e representantes das vigilâncias epidemiológicas das nove cidades da região, para abordar as medidas a serem adotadas nos casos de gastroenterocolite aguda.
O grupo técnico da SES reforçou a relevância dos protocolos para a coleta de amostras humanas e de água na análise dos casos. Também enfatizou a importância do fluxo de informações, com orientações claras sobre a necessidade de notificações e medidas preventivas voltadas à população.
Meios de prevenção, segundo a SES-SP:
- Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar;
- Evite alimentos malcozidos;
- Mantenha os alimentos bem refrigerados, com atenção especial às temperaturas dos refrigeradores e geladeiras dos supermercados onde os alimentos ficam acondicionados;
- Evite tomar banho de mar nas 24 horas seguintes à ocorrência de chuvas;
- Leve seus próprios lanches durante passeios ao ar livre, corretamente armazenados;
- Observe bem a higiene os estabelecimentos comerciais;
- Não consuma gelo, “raspadinhas”, “sacolés”, sucos e água mineral de procedência desconhecida.
Tratamento
De acordo com a pasta, o principal tratamento para os casos de virose é a hidratação. Para casos mais graves, ainda segundo a SES-SP, é preciso realizar a hidratação endovenosa. A hospitalização, porém, é considerada “muito rara”. Crianças e idosos precisam de atenção especial.
“Evacuações muito frequentes e líquidas, dificuldade na hidratação com vômitos que não cedem, pele e boca secas, dificuldade em urinar são indicações de que se deve procurar o serviço de saúde”, apontou a SES-SP.
Por fim, a secretaria ressaltou que nenhum medicamento deve ser tomado sem conhecimento e indicação médica.
Fonte: G1