Um guarda-vidas recolheu dezenas de caravelas-portuguesas vivas na orla de Santos, no litoral de São Paulo, nesta sexta-feira (7). Segundo o profissional, ele as realocou em um balde, para que banhistas não se ferissem, já que o animal pode causar queimaduras graves.
O guarda-vidas Luã Sampaio, de 20 anos, disse que essa foi a primeira vez que presenciou um local com tantas caravelas-portuguesas vivas. Ele trabalhava nas proximidades do Canal 2, quando notou a presença dos animais e começou a recolhê-los em um balde.
Sampaio alerta que as caravelas-portuguesas queimam muito pelos tentáculos, que podem atingir metros, mas que a parte superior não apresenta riscos. Ele encontrou alguns exemplares do animal com tentáculos que, mesmo após cortar, ainda atingiam mais de um metro de extensão.
Espécie
A caravela-portuguesa (Physalia physalis) vive nas águas de todas as regiões tropicais dos oceanos. Ela possui tentáculos cheios de células urticantes, e apesar de parecer um único animal, é uma colônia composta por muitos animais inter-relacionados (pólipos). Em caso de acidentes com as caravelas-portuguesas, a orientação é evitar jogar água no ferimento ou esfregá-lo.
O biólogo marinho e coordenador do Aquário de Santos, Alex Ribeiro, explicou que a caravela-portuguesa é um cnidário, parente das águas-vivas e das anêmonas-do-mar. Alex afirma que esses animais marinhos acabam migrando a favor dos ventos e correntezas, e diz que, nessa época do ano, é mais comum a presença nas praias.
Ribeiro reforça que não há motivo para preocupação, pois a presença dessas caravelas-portuguesas é comum, esperada, e demonstra que o ambiente está equilibrado.
Fonte: G1