As chuvas que atingem o Litoral Norte de SP fizeram com que a sirene instalada na Vila Sahy, em São Sebastião, fosse acionada na noite desta quarta-feira (24) orientando, pela primeira vez, os moradores a deixarem suas casas e irem a locais seguros por risco de deslizamentos.
A sirene foi instalada na Vila Sahy na primeira quinzena de dezembro, após a tragédia que matou 64 pessoas na cidade. Anteriormente, o equipamento já havia tocado, mas alertando sobre chuvas no bairro. Dessa vez, a orientação foi para a evacuação em massa dos moradores.
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“A Defesa Civil informa: há risco de deslizamentos nessa área. Atenção moradores: dirijam-se para locais seguros e pontos de encontro”, diz o comunicado.
À reportagem, um dos moradores relatou que chove durante todo o dia em São Sebastião e que, na Vila Sahy, algumas ruas estão alagadas.
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Segundo a Prefeitura de São Sebastião, a Escola Municipal Henrique Tavares de Jesus está aberta como ponto de abrigo para a comunidade do Sahy. A Defesa Civil informou que os moradores estão sendo orientados e conduzidos à escola.
Ainda de acordo com a Administração, o Centro de Operações Integradas (COI) está acompanhando a situação das chuvas em vários pontos do município. O acionamento da sirene foi determinado de forma preventiva pela Prefeitura.
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Em nota, a Defesa Civil do Estado informou que o acionamento foi feito pela Defesa Civil Municipal devido ao ‘risco geológico ocasionado pelos acumulados de chuva na região’.
“Na noite desta quarta-feira (24), a Defesa Civil Municipal de São Sebastião acionou a sirene instalada na Vila Sahy, devido ao risco geológico ocasionado pelos acumulados de chuva na região. As equipes municipais encontram-se na comunidade monitorando e avaliando os riscos de um possível deslizamento. Também estão orientando e conduzindo os moradores para o abrigo emergencial localizado na Escola Municipal Henrique Tavares”, disse o órgão.
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A sirene
A sirene foi instalada pela Defesa Civil em dezembro e fica localizada na Vila Sahy, bairro mais castigado pela chuva histórica do início do ano, quando 64 pessoas morreram na cidade.
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A instalação do equipamento na Vila Sahy foi concluída no dia 13 de dezembro. Na ocasião, técnicos da Defesa Civil e moradores passaram por um período de treinamento com orientações.
À época, em material enviado à imprensa, a Defesa Civil divulgou os diferentes alertas que serão emitidos pelo sistema, a depender do caso e da gravidade do evento. São eles:
- ‘A Defesa Civil informa: devido à previsão de chuva, há risco de alagamentos nessa área. Fiquem atentos’
- ‘Atenção, atenção: a Defesa Civil informa a possibilidade de chuva moderada para forte nas próximas horas. Fiquem atentos’
- ‘A Defesa Civil informa: estamos voltando à normalidade. Atenção moradores: ao retornaram para as suas moradias, verifiquem a ocorrência de deslizamentos. Caso necessário, liguem para a Defesa Civil: 199’
- ‘A Defesa Civil informa: há risco de deslizamentos nessa área. Atenção moradores: dirijam-se para locais seguros e pontos de encontro’
Como o sistema funciona?
As sirenes terão como objetivo emitir alertas de perigo e da necessidade de evacuação em massa. Os alertas serão disparados diante de riscos iminentes, como altos índices de chuva, com risco de deslizamentos de terra, inundações e alagamentos.
“Um sistema de alerta como este é composto por sirene, software de acionamento e controle, sistema de comunicação, estrutura de fixação e sistema de alimentação”, explica a empresa.
Em cada uma das cidades escolhidas pela Defesa Civil (São Sebastião, Guarujá e Franco da Rocha) será instalada uma sirene, que será acompanhada de um pluviômetro automático.
Entrevistado em outubro, o Capitão Roberto Farina, da Defesa Civil, explicou que o sistema será acionado pelo Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) de cada cidade.
A Squitter explica que o acionamento pode ser feito à distância ou no local e que a CGE pode se comunicar diretamente pela sirena por meio de frequência de rádio.
Junto com as sirenes, serão implementados ‘mapas comunitários de risco’ no bairro, com informações como locais de fuga, pontos de encontro, abrigos e unidades de saúde.
Fonte: G1