As sete praias de Santos, no litoral de São Paulo, estão impróprias para banho, segundo boletim semanal Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb ). Neste sábado (10), a prefeitura informou que a a análise do órgão foi influenciada por vários fatores, como clima, maré, áreas não-esgotáveis ou fora da jurisdição municipal, ligações clandestinas ou errôneas.
Durante evento realizado em abril pelo Grupo Tribuna, o presidente da Sabesp André Salcedo ressaltou que a qualidade da água das praias é prejudicada pelo esgoto. “Os canais são conectados aos elevatórios […]. Se chove demais, toda a água da cidade escorre para os canais, levando a poluição. As comportas não aguentam e há extravasamento [para o mar]”, disse na ocasião.
De acordo com a Cetesb, a praia é considerada imprópria quando as amostras coletadas apresentam mais de 100 unidades formadoras de colônias (UFC) de enterococos [bactérias fecais] por 100 ml, o que acontece nas praias da Ponta da Praia, Aparecida, Embaré, Boqueirão, Gonzaga e José Menino [em dois trechos].
Em São Vicente, as praias de Milionários, Gonzaguinha e Prainha estão com bandeira vermelha. Em Guarujá, apenas a Praia do Perequê está imprópria para banho.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/O/M/65Lm3wQaKBMmtAnKiydA/210122-jardim-orla-santos02.jpg?quality=80&f=auto)
Problemas
A Cetesb aponta que a água quando imprópria pode aumentar o risco de contaminação e doenças como: Hepatite A, cólera, febre tifoide, entre outras, sendo a mais comum a gastroenterite, que pode causar enjoo, vômitos, dores de estômago, diarreia, dor de cabeça, febre, infecções dos olhos, ouvidos, nariz e garganta.
“O fato da praia estar imprópria não significa que todas as pessoas que se banharem no local irão contrair alguma dessas doenças. Isso depende das condições imunológicas de cada um e do tipo de exposição de cada um – se fica muito tempo na água, se mergulha a cabeça, se engole água”, explica a companhia.
Fonte: G1