Ponto turístico fechado para casamento de bilionário em Noronha deixou de receber 5 mil turistas

O Forte dos Remédios em Fernando de Noronha, onde acontece o casamento do empresário bilionário brasileiro Henrique Dubugras, de 27 anos, com a engenheira de software Laura Fiuza, neste sábado (7), deixou de receber cerca de 5 mil turistas nos dez dias em que ficou fechado para reformas e preparativos da festa. A estimativa de visitantes foi feita de acordo com dados de 2022, fornecidos pelo consórcio que administra o espaço.

De acordo com o consórcio, o espaço recebeu uma média de 500 visitantes por dia, durante os dias de semana, e 900 visitantes/dia nos finais de semana, em seis meses de funcionamento daquele ano. Segundo o g1 apurou, a fortificação foi alugada por R$ 1 milhão, com custo de R$ 100 mil por dia.

O Forte de Nossa Senhora dos Remédios é uma das principais atrações turísticas de Fernando de Noronha. Construção do século 18, é considerada a maior fortificação do sistema defensivo implementada pelos portugueses no Brasil.

O espaço tem capacidade atestada pelo Iphan para 1.200 pessoas e o casamento deste sábado vai receber até 400 convidados. A realização da festa recebeu autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Administração da ilha.

Em 29 de setembro, o consórcio que administra a atração informou que o espaço estaria fechado por 10 dias para manutenção e que, no final do período, haveria um evento privado no local.

Forte de Nossa Senhora dos Remédios é atração turística em Fernando de Noronha (Foto: Habitatgeo/ Divulgação)

História do Forte dos Remédios

O Forte dos Remédios tem área total de 4 mil metros quadrados. Foi construído em 1737, em cima de ruínas de um antigo fortim holandês, e tombado em 1961 pelo Iphan. A construção e a ilha de Fernando de Noronha já foram utilizadas por cerca de 200 anos como presídio comum e político.

O ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005) também ficou preso em Noronha, numa espécie de iglu, após ser deposto pelo Golpe Militar de 1964, antes de ser exilado. O local tem uma placa informativa e uma estátua de Miguel Arraes.

O Forte dos Remédios estava em situação precária até o ano de 2018, quando passou por uma restauração realizada pelo Iphan, que custou R$ 11 milhões e foi concluída em 2019.

Segundo informações do site do Iphan, antes dessa reforma, a última intervenção no espaço tinha sido feita em 2012 – quando foi feita a restauração das muralhas e da cobertura do espaço.

Forte Nossa Senhora dos Remédios antes da restauração (Foto: Antônio Melcop/ADFN)

Em novembro de 2021, o governo de Pernambuco realizou um leilão para definir a empresa que seria responsável pela administração e exploração comercial do Forte de Nossa Senhora dos Remédios.

O Consórcio Dix/Pentágono/Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) apresentou a maior proposta e venceu a concorrência. O grupo também é responsável pela administração do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

O contrato de concessão tem duração de dez anos e foi assinado em 17 de fevereiro de 2022. Por contrato, o consórcio deve repassar R$ 238 mil por mês para a administração da ilha pelo direito de explorar comercialmente o forte. O lance inicial era de R$ 148 mil mensais.

Atualmente o forte tem lojas, bar e restaurante, além de um calendário cultural anual. O contrato também prevê a implementação de uma livraria e um café. Em 30 de junho de 2022, a fortaleza foi novamente fechada, por 120 dias, para passar por novas reformas, com melhorias estruturais e de acessibilidade.

Transformação em espaço cultural

No site do Forte dos Remédios é possível entender o que oferece a atração depois das sucessivas obras de restauração e adaptação e da concessão do espaço para a iniciativa privada. Além da fortificação, é possível conhecer um Museu Imersivo e realizar visita guiada.

O espaço tem capacidade atestada pelo Iphan para 1.200 pessoas. O passaporte para visitar a fortificação por cinco dias custa R$ 40 – com meia entrada para as categorias previstas em lei. Crianças até 12 anos e moradores de Fernando de Noronha não pagam para acessar a atração.

O local também conta com um restaurante com cardápio de culinária contemporânea – que mistura a cozinha mediterrânea com sabores da região, além de acesso ao topo da edificação para contemplar o pôr do sol, com bar e música ao vivo.

O funcionamento da atração é diário, das 10h às 23h, exceto em dias de eventos privados e com bilheteria.

O espaço também tem uma capela e pode ser alugado para eventos, como casamentos e batizados. O aluguel de todo o forte por um dia custa R$ 100 mil. O g1 apurou que para o casamento do empresário Henrique Dubugras o espaço foi alugado por dez dias, ao custo de R$ 1 milhão.

Fonte: G1

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