Niue, país-ilha de 260 quilômetros quadrados próximo à Nova Zelândia, aproveitou a Semana do Clima em Nova York para anunciar uma nova estratégia ecológica. Com área marinha extensa, incluindo importantes porções de corais, a nação vai “vender” parte de seus mares a pessoas ou empresas interessadas em apadrinhar a preservação das águas e da vida contida nelas.
O pequeno país já havia recebido título de local “dark sky” (céu escuro, em inglês) em 2020, devido à baixíssima iluminação local, o que o faz um dos melhores pontos no mundo para a observação astronômica.
Por R$ 728, o padrinho ou madrinha vai proteger durante 20 anos um quilômetro quadrado de oceano de ameaças como a pesca ilegal e a poluição por plásticos. No país-ilha é proibido navegar ou pescar sem permissão, afirma o site do governo.

O plano foi anunciado na última terça-feira pelo primeiro-ministro, Dalton Tagelagi, e o governo espera arrecadar em torno de R$ 88 milhões com a iniciativa, vendendo 127 mil quilômetros quadrados de oceano, a fatia de 40% de suas águas que forma uma área marinha protegida. Além dos corais, a região serve de santuário para tubarões, baleias, golfinhos e outras espécies.
O governo anunciou que irá comprar 1.700 unidades, uma para cada habitante da ilha.
De acordo com o portal Euronews Green, Niue é especialmente vulnerável à subida do nível do mar, uma ameaça à sua terra e água doce, além de correr o risco de sofrer tempestades tropicais mais intensas causadas por ar e águas mais quentes, efeitos da mudança climática causada pela atividade humana.
Com uma população de apenas 1.700 pessoas, Niue é um dos menores países do mundo, em meio a um território oceânico 1.200 vezes maior que a sua massa terrestre.
Fonte: Um Só Planeta