Moradores das cidades da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, se surpreenderam ao olhar para o céu durante a manhã desta quinta-feira (14). As nuvens estavam alinhadas e dispostas em formatos de diversas faixas. Um meteorologista da Defesa Civil de Santos disse que se trata de ‘estratos-cúmulo’, uma nuvem baixa, e explicou como acontece o fenômeno.
Os registros foram feitos em pelo menos três cidades: Santos, Guarujá e Bertioga, entre 9h e 10h. Em Santos, moradores da Zona Noroeste e dos Morros conseguiram fazer imagens das nuvens no formato incomum.
Em Bertioga, um morador chegou a fazer uma brincadeira nas redes sociais com o formato das nuvens. Celso Gomes, de 27 anos, não perdeu a oportunidade e publicou uma foto onde mostrava as nuvens separadas em rolos e a faixa de pedestres, com a legenda: “Qual faixa usar?”
Ele contou que muita gente achou engraçado a imagem e perguntou sobre as nuvens. “Foi a primeira vez que vi elas assim”, disse. Os registros foram feitos nos bairros São Rafael e também no Centro.
O morador santista Raul Guimarães, de 28 anos, estava trabalhando pelo bairro Rádio Clube quando percebeu o fenômeno. “Eu observo bastante o céu, mas essa foi a primeira vez que vi as nuvens assim”, disse. Após gravar um vídeo e publicar nas redes sociais, o morador foi chamado por diversos amigos curiosos para saber sobre o que se tratava aquelas nuvens. “Repercutiu bastante”, contou.
‘Curiosa, mas normal’
Procurado para explicar o fenômeno, o meteorologista da Defesa Civil de Santos, Franco Cassol, disse que o formato é realmente curioso pela perfeição, mas é “relativamente normal”.
“A gente pode entender que, na atmosfera, também temos ondas – assim como no mar, só que não vemos o ar, que é transparente”, explica. “Muitas vezes na atmosfera, ocorrem ondas de gravidade. As nuvens formadas desta forma têm este formato, de blocos de nuvens. É normal”.
Segundo o especialista, esta não é uma nuvem que impacta no tempo, não causa chuva e não tem muita relevância. “Esse tipo de nuvem é chamada ‘estratos-cúmulo’, uma nuvem baixa. Apesar de parecer curiosa, não tem muita relevância para o tempo”, finaliza.
Fonte: G1 – Foto: Arquivo pessoal/Deolinda Soane