Morro em Guarujá terá sistema de sirenes para alertar sobre emergências climáticas

O Morro da Barreira do João Guarda, em Guarujá, no litoral de São Paulo, assim como áreas em São Sebastião, no litoral norte, e Franco da Rocha, no interior paulista, vão ganhar um sistema de sirenes para alertar sobre temporais e deslizamentos. O investimento nas cidades será de R$ 4,6 milhões e a ação será coordenada pela Defesa Civil Estadual.

As cidades foram escolhidas pelo governo do estado após análises da equipe técnica da Defesa Civil com base nos riscos e estatísticas de acidentes geológicos.

Morro Barreira do João Guarda durante os serviços de contenção (Foto: Prefeitura de Guarujá/ Helder Lima/ Divulgação)

A região da Barreira do João Guarda foi gravemente afetada por um deslizamento em março de 2020, que resultou na morte de 23 pessoas. Na ocasião, foi a região com mais mortes das 45 registradas na Baixada Santista.

Em nota, a Prefeitura de Guarujá informou que a cidade foi escolhida após análises sobre o risco de deslizamentos e alagamentos, alto volume de chuva registrado nas regiões, número de mortes e desalojados, além da presença do centro de operações e controle 24 horas.

Imagens de drone mostram antes e depois dos deslizamentos em Guarujá, SP (Foto: Reprodução)

Os equipamentos serão instalados no Morro da Barreira do João Guarda, na região da Enseada. Os parâmetros de acionamento do sistema serão definidos nos próximos meses, em conjunto com o governo do estado.

A prefeitura informou que uma licitação pública, que prevê a compra dos equipamentos e a instalação das torres de transmissão, foi aberta na última segunda-feira (11). Além do sistema de sirenes, o município conta com 15 estações com pluviômetros automáticos, que cobrem 143 km² de extensão da Ilha de Santos Amaro.

A cidade ainda possui sensores de umidade para monitoramento do solo e também monitoramento climático com sensores de raios e radar meteorológico. Além disso, a Defesa Civil mantém as vistorias preventivas diárias, palestras nas escolas e trabalhos junto ao Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil Prainha Branca.

Morro Barreira do João Guarda em obras (Foto: Prefeitura de Guarujá/ Helder Lima/ Divulgação)

Escolha pelas sirenes

Em fevereiro deste ano, durante nova tragédia ocasionada por temporais na Baixada Santista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou sobre a importância de um sistema de sirenes para alertar a população de forma rápida e efetiva.

Na ocasião, diversas pessoas ficaram desabrigadas em Guarujá e 64 morreram em Bertioga. A cidade, inclusive, registrou o maior volume de chuva da história do país com 683 milímetros acumulados. Para se ter ideia, na tragédia de Petrópolis, em 2022, foram registrados 534,4 milímetros.

As cidades já contam com avisos por SMS sobre desastres, como o feito para os moradores de São Sebastião antes dos deslizamentos, mas, segundo o governador um sistema de alerta imediato era necessário para não depender de um único meio de comunicação.

Fonte: G1

Compartilhe
Facebook
Twitter
WhatsApp

Notícias relacionadas