Com prédios gigantes, onde estão 7 dos 10 maiores residenciais do país, Balneário Camboriú começou a ser conhecida pelo apelido de “Dubai brasileira”. Mas um antigo hotel redondo, em meio aos arranha-céus, destoa da paisagem que lembra a do emirado no golfo Pérsico.
Inaugurado em 1964, ano da emancipação política do município do Litoral Norte de Santa Catarina, o Marambaia foi o primeiro hotel redondo do país, segundo os proprietários. O projeto de três andares é do arquiteto gaúcho Roberto Veronese.
O terreno, na área mais ao norte da Praia Central, que passou por uma megaobra de alargamento da faixa de areia e é ponto obrigatório de turistas do país e do mundo, foi adquirido em 1961.
Na época, a região tinha poucas casas e acesso precário. O balneário era frequentado principalmente por pescadores.
A demanda turística, no entanto, logo começou a se intensificar pela própria construção redonda, segundo Osmar de Souza Nunes, filho do fundador e um dos atuais sócios do hotel.
Ele conta que o pai, ao observar o crescimento, sugeriu ao arquiteto responsável que um edifício em formato de um livro aberto fosse construído ao lado do primeiro prédio.
De pé desde 1974, o prédio anexo será demolido em breve para a construção de uma área comum, prevista em um projeto e modernização do complexo (veja abaixo). Apenas a estrutura circular, “marco de Balneário Camboriú e do turismo catarinense”, segundo Nunes, vai permanecer.
“Todos grandes momentos de Balneário Camboriú passaram pelo Marambaia”, afirma (veja foto antiga abaixo).
Modernização
O edifício redondo, que nos últimos dois anos recebeu um investimento de R$ 9 milhões em reformas dos quartos e das áreas de lazer, vai passar por uma modernização completa. O projeto inclui praça, jardim e restaurante aberto ao público, além de um museu sobre Balneário Camboriú e uma área para exposições e eventos.
Segundo Sheila Petri, gerente geral do hotel, a ideia já foi apresentada e aprovada no Conselho da Cidade de Balneário Camboriú.
“O novo Marambaia se integrará à atmosfera urbana da cidade, com um projeto arquitetônico que tem como ponto de partida a preservação do bloco redondo, como o coração de todo o empreendimento”, detalha Petri.
O prédio circular será “hall de entrada” para o complexo de edifícios, que prevê a construção de um hotel de luxo com 252 quartos e área residencial com 146 apartamentos, também de alto padrão.