Há mais de uma semana, um grupo composto por 15 pessoas trabalha para retirar um barco pesqueiro que encalhou em uma praia de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. A embarcação ‘Porto Rico S’ pesa aproximadamente 40 toneladas e saiu de Itajaí, em Santa Catarina (SC).
O barco encalhou após uma pane mecânica no último dia 9 na região do Balneário Icaraí. Na ocasião, quatro homens precisaram ser resgatados pelo Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar). Todos estão bem.
O armador de barco Joab da Costa, de 41 anos, é da família proprietária da embarcação e participa das ações para o desencalhe. Segundo ele, os trabalhos começaram no mesmo dia do incidente. No entanto, as estratégias mudaram com o decorrer do tempo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/I/9/8YPuAURiaIYgLCSmEOew/design-sem-nome-92-.jpg?quality=80&f=auto)
A primeira tentativa foi fazer o barco retornar ao mar. “Como não deu, puxamos para o mais próximo da praia para não danificar. Retiramos das ondas”, explicou o homem, que atuou como pescador ao longo de 25 anos. Desde então, os esforços estão sendo para puxar a embarcação para a parte seca da praia.
Joab conta que escoras foram colocadas embaixo do barco e cabos de aço serão usados junto com máquinas e tratores para puxar a embarcação até a parte de vegetação da praia. “Quando chegar ali, o pessoal vai usar macacos hidráulicos para levantar o barco, colocar a carreta embaixo e levá-lo devagarzinho até o final da praia, no Rio Iguape”.
A ideia é que ao ser colocada no Rio Iguape a embarcação volte para Itajaí com os próprios motores que, segundo o armador de barco, não foram prejudicados. “Só pegou água”. Segundo Joab da Costa, o fim das ações dependerá das condições climáticas. Ao todo, ele calcula cerca de R$ 100 mil de prejuízo para a retirada da embarcação.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/g/m/Zs5UnBSqyUzGgDYh8LRQ/whatsapp-image-2023-05-17-at-10.55.22.jpeg?quality=80&f=auto)
Capitania
De acordo com a Capitania dos Portos de São Paulo, o procedimento de desencalhe é responsabilidade do proprietário do barco, pois a embarcação não está ferindo a segurança da navegação e não apresentou poluição hídrica.
Apesar disso, uma equipe de peritos está no local acompanhando o caso e um inquérito administrativo foi instaurado para apurar as causas e os possíveis responsáveis.
Fonte: G1