A embarcação Oosterschelde, usada na expedição que remonta a viagem feita por Charles Darwin pelo mundo, chegou em Fernando de Noronha no sábado (30). O projeto vai passar em todos os locais percorridos pelo naturalista, que realizou estudos e publicou o livro “Origem das Espécies”.
A viagem de Darwin começou em dezembro de 1831. Ele partiu da Inglaterra a bordo do navio HMS Beagle. Em cinco anos a expedição passou, entre outros lugares, por Fernando de Noronha, e deu subsídios para a elaboração da teoria da Evolução das Espécies, considerada a obra que redefiniu a ciência moderna.
O Projeto ‘Darwin 200’ vai fazer o mesmo percurso em dois anos (2023-2025). Nos locais visitados, jovens convidados, os ‘Darwin’s Líderes’, acompanham projetos de preservação. A ideia é cruzar as informações coletadas na viagem original com os estudos realizados atualmente.
O primeiro estudo acompanhado foi a pesquisa com o polvo. As descobertas que Charles Darwin fez no passado serão comparadas com as informações atuais da espécie.
A trabalho é coordenado pela professora Tatiana Leite, do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A estudiosa ficou animada em fazer parte dessa ação.
“É realmente incrível participar desse trabalho. Darwin é a maior referência na ciência. É importante também o fato de o navio fazer a primeira parada no Brasil em Fernando de Noronha”, disse a professora.
Tatiana Leite complementou, explicou como será o trabalho. “A ciência evoluiu. No passado, Darwin afirmou o polvo era um dos animais mais incríveis. Hoje a gente sabe que temos uma espécie diferente daquela que ele coletou, em Cabo Verde. Agora, a ‘Darwin Líder vai conhecer um pouco do nosso trabalho em Noronha”, disse.
Jovens líderes
A jovem convidada como ‘Darwin Líder’ foi Isla Richards, do Reino Unido. Ela disse que considera importante participar do trabalho e falar sobre conservação para boa parte do mundo. A convidada ficou impressionada com Fernando de Noronha.
“A ilha e maravilhosa; nunca vi nada parecido antes. A quantidade de animais na água é incrível! Estou impressionada!”, falou Isla Richards.
Os integrantes da expedição também vão trabalhar com os pesquisadores de tubarões, golfinhos, tartarugas e corais. O projeto vai passar também por Salvador e pelo Rio de Janeiro.
Fonte: G1