Uma antiga embarcação que encalhou em uma praia de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, completará um ano no mesmo local. O objeto se deteriora em meio à água e areia há mais de 11 meses e chama atenção de turistas e moradores. O Departamento Hidroviário (DH) disse que a empresa que venceu a licitação para desencalhar a balsa terá que ressarcir o Estado com uma nova lancha e executar a remoção do objeto.
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A Lancha Valongo I pertence ao DH e, por muitos anos, foi usada na travessia entre Ariri, um bairro de Cananeia (SP), e o centro da cidade. No último dia 22 de outubro, a lancha seguia para um estaleiro em Guarujá para reforma, quando sofreu um incidente e fez uma atracação de emergência ao norte de Ilha Comprida. No dia 24 de outubro de 2021, a embarcação amanheceu encalhada.
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Nove dias depois, o Departamento Hidroviário iniciou o esgotamento da água para a retirada da lancha. A operação contou com 22 funcionários e foi realizada via bags, trator e guincho. No entanto, tanto o DH quanto a empresa contratada não conseguiram removê-la e a embarcação continuou no local.
De acordo com os técnicos do departamento, a embarcação está sem motor, e por isso não há risco de vazamento de combustível, que causaria danos ao meio ambiente.
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Condição perigosa
Moradores da região que eventualmente frequentam a Ponta da Praia em Ilha Comprida lamentaram o fato de a embarcação estar quase que totalmente soterrada. Já não é mais possível enxergar o casco [parte inferior] da lancha, apenas parte do topo.
Uma moradora, que prefere não ser identificada, disse que é possível subir no topo da embarcação, mas que não recomenda a prática “de forma alguma”, já que as condições da lancha oferecem perigo.
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Departamento Hidroviário
Em nota, o DH informou que a Vilhena Serviços, empresa que venceu a licitação para executar a reforma, adequação, modernização, traslado e lançamento da embarcação Valongo I não executou o serviço e terá que ressarcir o Estado com uma nova lancha, equivalente à que está submersa, além de retirá-la do local. O nome da empresa não foi informado até a última atualização desta reportagem.
O departamento pontuou que o contrato foi rescindido e que nos próximos dias são aguardadas novas ações da empresa para a resolução do caso. O DH ressalta que houveram várias tentativas para remover a balsa do local, e todas elas foram informadas à Marinha do Brasil através de planos de desencalhe.
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O Departamento Hidroviário disse que as tratativas para retirada da embarcação estão em trâmite junto à Marinha. Pontuou, ainda, que os procedimentos seguem para apuração dos prejuízos quanto ao bem público, e que eles serão apresentados para retirada e indenização por parte da empresa.
A reportagem entrou em contato com a empresa Vilhena Serviços e com a Prefeitura de Ilha Comprida para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.
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Fonte: G1