Duas baleias jubartes de aproximadamente 8 metros foram encontradas mortas em praias de Ilha Comprida e Mongaguá, no litoral de São Paulo, entre esta terça (21) e segunda-feira (20). Ambos os animais estavam em estado avançado de decomposição.
O Instituto de Pesquisas Cananeia (IPeC), informa que uma equipe foi fazer a necrópsia do animal em Ilha Comprida nesta terça, no balneário Cláudia Mara. A baleia é um macho de jubarte juvenil, com aproximadamente 8 metros de comprimento.
Conforme informado pelo instituto, o animal tinha um fio de nylon preso na nadadeira caudal, e, durante a necropsia, foi encontrado um pedaço de isopor no esôfago. Devido ao avançado estado de decomposição, a equipe não pode determinar a causa da morte da jubarte.
Já em Mongaguá, um filhote de baleia jubarte também foi encontrado morto na Praia de Itaoca, durante a tarde desta segunda-feira (20). Segundo o Instituto Biopesca, que atendeu a ocorrência de encalhe, o filhote tinha aproximadamente 8,4 metros de comprimento e estava em avançado estado de decomposição.
O Instituto foi acionado quando a carcaça ainda estava na água. Após o encalhe, a equipe da prefeitura auxiliou na locomoção do animal até uma área mais seca e segura para a realização da necropsia pela equipe do Instituto. O animal era um macho, juvenil e estava em avançado estado de decomposição.
Ainda não foi possível identificar a causa da morte, que segue sob investigação da equipe, que aguarda também as análises das amostras em laboratórios do Instituto. Com esta, já são 13 ocorrências de encalhe de baleias registradas pelo Instituto Biopesca neste ano, sendo 11 de baleias jubarte.
Segundo informado por ambos os institutos, o número alto de animais desta espécie que são encontrados mortos acontece porque, nesta época do ano, as jubartes migram das águas mais frias de seus locais de origem para as águas mais quentes na região nordeste do país para se reproduzir ou dar à luz.
O IPeC e o Instituto Biopesca, que fizeram o atendimento das duas ocorrências, são instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma atividade desenvolvida para o atendimento da condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
De acordo com o IPeC, que atende a área do Vale do Ribeira, para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, é necessário entrar em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou diretamente pelo (13) 3851.1779. Na Baixada Santista, o Instituto Biopesca monitora o Trecho 8, compreendido entre Peruíbe e Praia Grande.
Fonte: G1 – Foto: Divulgação/IPeC