Que vida se esconde nas partes mais profundas e escuras dos oceanos do nosso Planeta? Estas áreas remotas e muitas vezes inexploradas guardam muitos segredos sobre o comportamento animal. E porque há mais perguntas do que respostas, a nossa imaginação corre solta com histórias de criaturas das profundezas, como o Monstro do Lago Ness, na Escócia, ou o Kraken, do folclore escandinavo, uma criatura semelhante a um cefalópode e capaz de destruir navios inteiros e arrastar marinheiros para a ruína.
Mas na vida real existem criaturas “de outro mundo” que vivem a centenas de metros abaixo da superfície e que se adaptaram à esse ambiente tão hostil para nós, humanos, ao longo de milhões de anos, adquirindo algumas características físicas inacreditáveis – e em alguns casos, seriamente estranhas.
Confira aqui estão 5 habitantes raramente vistos das profundezas dos oceanos:
1 – Tamboril de águas profundas
Pertencente à ordem dos Lophiiformes, o tamboril de águas profundas, de aparência raivosa, tem todo o direito de ficar irritado. É possivelmente o animal mais feio do planeta e vive naquele que é facilmente o habitat mais inóspito da Terra: o fundo do mar solitário e sem luz.
Existem mais de 200 espécies de tamboril, a maioria das quais vive nas profundezas turvas dos oceanos Atlântico e Antártico, até um quilômetro e meio abaixo da superfície. Geralmente de cor cinza escuro a marrom escuro, eles têm cabeças enormes e enormes bocas em forma de meia-lua cheias de dentes afiados e translúcidos. Popularizado depois do desenho animado Procurando Nemo, alguns destes peixes podem atingir até um metro de comprimento.
2- Peixe Víbora
O desagradável peixe-víbora assombra os oceanos tropicais e temperados em profundidades de cerca de 1.500 metros abaixo da superfície durante o dia. À noite, sobe para águas mais rasas para caçar. Este predador é outro peixe de águas profundas com uma boca enorme e dentes semelhantes a presas. Assim como o tamboril de águas profundas, o peixe-víbora tem órgãos produtores de luz que ficam pendurados perto do corpo para atrair as presas. Ao acender e apagar a luz, as estruturas podem ser usadas como isca para peixes menores.
3- Tubarão-cobra
Os tubarões-cobra são peixes de aparência pré-histórica e habitantes do fundo do mar que raramente são vistos, porque na maioria das vezes vivem entre 500 metros e 1km debaixo d’água. Considerando sua rara aparência, eles podem até ser a fonte de histórias de monstros marinhos, com seus corpos semelhantes aos de enguias e bocas enormes com 300 dentes triangulares dispostos em 25 fileiras. O tubarão-cobra cresce até cerca de 2 metros de comprimento.
Pouco se sabe sobre as tendências populacionais dos tubarões-cobra, mas eles raramente são encontrados pelos humanos e provavelmente são naturalmente raros. Em alguns locais, são capturados acidentalmente por pescadores que visam outras espécies.
4 – Peixe-remo
Esses peixes alongados vivem em profundidades de 200 metros a até 1km. Diz-se que o peixe-remo inspirou histórias de “serpentes marinhas” ao longo dos anos. Olhando fotos de peixes-remo que aparecem nas praias, é fácil entender por quê. O peixe ósseo mais longo do mundo pode crescer até cerca de 17 metros de comprimento e pesar 600 quilos.
Encontrados em todo o mundo, esses peixes não são procurados por sua carne gelatinosa, embora algumas pessoas os cacem como troféus. Em vez de escamas, eles têm tubérculos cobertos por um material chamado guanina. Quando chegam à superfície, sua pele fica macia e é facilmente danificada.
Esta é uma das águas-vivas que chama de lar a escuridão do mar, neste caso, profundidades de 700 metros a 1km abaixo da superfície. Inesperadamente, elas não esperam pela comida passar, optando, em vez disso, por procurar ativamente o zooplâncton e outras águas-vivas que comem. Esse comportamento é único entre os cnidários.
O Okeanos Explorer fotografou o exemplar visto nessa reportagem em Musicians Sea Mounts, um conjunto de montanhas subaquáticas ao norte das principais ilhas havaianas. Antes desta exploração, a área não recebia muita atenção dos cientistas. A expedição documentou pela primeira vez muitos tipos e aspectos da vida marinha, incluindo outras águas-vivas pouco conhecidas e até então desconhecidas.
Fonte: Um Só Planeta