Ciclone extratropical provoca rajadas de vento, causa estragos e assusta moradores no litoral de SP

A Baixada Santista sofreu com os impactos da passagem de um ciclone extratropical no Sul do país. De acordo com a Defesa Civil de Santos, os ventos atingiram 70 km/h, assustaram moradores e causaram estragos nas cidades nesta sexta-feira (11). (Veja os vídeos acima).

Conforme apurado pela reportagem, uma árvore caiu em Santos, um poste em São Vicente, a estrutura do telhado de uma escola de Cubatão foi danificada e um muro desabou em Peruíbe.

Em Santos, a queda de árvore aconteceu na Rua Viriato Corrêa da Costa com a Rua Alberto de Carvalho, no bairro Santa Maria. Equipes da coordenadoria de paisagismo da cidade foram acionadas e já estão no local.

Uma árvore caiu no bairro Santa Maria, em Santos, nesta sexta-feira (11), devido aos fortes ventos (Foto: Reprodução)

Em São Vicente, um poste caiu no Centro da cidade, mas a administração municipal não respondeu quais ações foram tomadas.

A Prefeitura de Peruíbe também foi acionada para falar sobre o desabamento de um muro, no bairro Jardim Ribamar, mas não enviou resposta até o momento.

Em Cubatão foram relatados danos na estrutura do telhado da Unidade Municipal de Ensino (UME) Bernardo José Maria de Lorena. A prefeitura foi procurada, mas não respondeu até o momento.

Até a última atualização desta reportagem, a Defesa Civil das cidades de Mongaguá, Itanhaém, Bertioga, Guarujá e Praia Grande não registraram nenhuma ocorrência.

Porto de Santos

A Capitania dos Portos informou que foi estabelecido, devido à intensificação dos ventos, a praticagem indireta, quando o prático, responsável pela manobra das embarcações, desembarca antes da atracação.

Muro desabou no bairro Jardim Ribamar, em Peruíbe, nesta sexta-feira (11), devido aos fortes ventos (Foto: Reprodução)

Travessia de balsas

O Departamento Hidroviário (DH) informou que as travessias da Baixada Santista operam normalmente, com tempo de espera de 15 a 20 minutos. Mas, estão atentos às condições climáticas que podem provocar alterações no mar, o que pode levar à interrupção dos serviços por motivos de segurança.

Fim de semana

Segundo a Defesa Civil do Estado de São Paulo, a situação para o final de semana é de atenção, devido à aproximação da frente fria associada a um ciclone extratropical nesta sexta-feira (11), que trará chuva e queda das temperaturas.

No sábado (12), o dia deve amanhecer com Sol entre nuvens com aumento das temperaturas, mas, a partir das 12h, o tempo já deve mudar, com rajadas de ventos e pancadas de chuvas.

Já no domingo (13), o dia deve amanhecer nublado e acredita-se que as chuvas continuem. As temperaturas também diminuirão.

O órgão recomenda que a população fique atenta e esclarece que disponibiliza um sistema de alertas via SMS. Para acionar o serviço, basta enviar uma mensagem para o número 40199, com o CEP de onde reside.

Poste caiu em São Vicente e estrutura de teto de escola de Cubatão foi danificada, nesta sexta-feira (11) (Foto: Marcelo Ricky e Cubatão Mil Grau)

O que são ciclones?

Os ciclones são sistemas de baixa pressão atmosférica que causam tempo adverso em grande escala, explica o meteorologista Bruno Bainy, do Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp. Segundo o meteorologista, são três os diferentes tipos de ciclones:

  1. Tropicais: também conhecidos como furacões ou tufões, eles se formam em regiões equatoriais, sobre os oceanos, e retiram sua energia do calor extraído dos mares;
  2. Extratropicais: se formam preferencialmente em latitudes médias, e são formados pelo contraste de temperaturas de diferentes massas de ar (quente e fria);
  3. Subtropicais: possuem características de ambos anteriores. Tipicamente, se formam quando um ciclone extratropical se desenvolve sobre o oceano, e encontra temperaturas na superfície do mar mais aquecidas.

O meteorologista da Climatempo, César Soares ressaltou que os ciclones são mais comuns do que imaginamos. Os extratropicais, por sua vez, são aqueles associados às frentes frias — regiões que demarcam o avanço de massas de ar.

“Então, toda vez que passa uma frente fria pelo Brasil, isso significa que a gente está sobre influência de um ciclone extratropical. Ele é extratropical porque ele se forma nos extratrópicos”, afirma.

Fonte: G1

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